Mundo
Brasileiros Ainda Aguardam Permissão para Deixar a Faixa de Gaza
Uma Espera Prolongada
A sexta lista de autorizações para saída da Faixa de Gaza foi divulgada, contudo, ainda sem a inclusão de brasileiros. O anúncio, feito pelo chanceler israelense, Eli Cohen, não trouxe o alívio esperado para o grupo de 34 brasileiros e seus familiares que permanecem na região em conflito.
A nova lista contemplou 601 civis, incluindo ucranianos, filipinos, norte-americanos, alemães, romenos e canadenses. No entanto, o grupo de brasileiros, dividido entre a cidade fronteiriça de Rafah e Khan Yunis, segue à espera da autorização para cruzar a fronteira entre o território palestino e o Egito.
Figura 1: Cidade de Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.
Autoridades e Critérios de Seleção
Até o momento, seis listas com nomes de estrangeiros autorizados a deixar a região foram divulgadas pelas autoridades de Israel e do Egito. Contudo, a ausência de critérios claros de seleção tem levantado questionamentos acerca de possíveis favorecimentos políticos.
> ‘Os critérios não estão claros sobre a seleção dos estrangeiros, o que tem rendido acusações de que a lista estaria beneficiando aliados políticos.’ – Guilherme Amado, Metrópoles
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, liderado pelo ministro Mauro Vieira, tem mantido contato com chanceleres estrangeiros na busca por uma solução para os brasileiros em Gaza. Apesar dos esforços, ainda não há confirmação sobre a inclusão do grupo na próxima lista.
Um Plano em Espera
Mesmo sem definição, o plano para a saída dos brasileiros já está formado. Veículos estão posicionados próximo à fronteira de Rafah, à espera da autorização para transportar o grupo até o aeroporto do Cairo, no Egito. De lá, a Força Aérea Brasileira (FAB) seria responsável pela repatriação.
Figura 2: Veículos aguardam autorização para buscar brasileiros em Gaza.
Um Conflito Duradouro
O conflito entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro, já dura mais de um mês e tem causado severas consequências. A ação surpresa do grupo Hamas contra Israel resultou em uma série de retaliações, marcadas por bombardeios e incursões terrestres.
Até agora, a guerra resultou em cerca de 11,7 mil mortos, contabilizando ambos os lados. Em Israel, foram 1,4 mil vítimas, enquanto do lado palestino foram 10,3 mil mortes. Nesse contexto, a população da Faixa de Gaza, estimada em cerca de 2,2 milhões, enfrenta uma grave crise humanitária.
Sem Fim à Vista
A situação não mostra sinais de melhoria. Recentemente, o governo de Israel anunciou a invasão terrestre na cidade de Gaza e a localização de um dos líderes do Hamas. Além disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que não haverá cessar-fogo até que os reféns mantidos pelo Hamas sejam libertados.
Em Busca da Paz
Ao mesmo tempo, esforços internacionais tentam alcançar um acordo de paz. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, lamentou a incapacidade do Conselho de Segurança da ONU de mediar a situação.
> ‘É lamentável e moralmente inaceitável, que, uma vez mais, o Conselho de Segurança não tenha conseguido estar à altura de seu nobre mandato’ – Mauro Vieira
Apesar dos esforços, quatro minutas de resolução para frear o conflito foram rejeitadas em outubro. A proposta brasileira, que garantia a maioria dos votos, foi vetada pelos Estados Unidos, por não citar o direito à autodefesa de Israel.
Conclusão
A situação na Faixa de Gaza continua tensa e incerta. Enquanto isso, os brasileiros e seus familiares permanecem em território hostil, aguardando a autorização para retornar ao Brasil. O desejo de todos é que a situação seja resolvida o mais rápido possível, garantindo a segurança e o retorno seguro de todos os envolvidos.
Para informações adicionais, acesse o site