O Extermínio dos Indígenas Caiapós – Uma Mancha na História do Sudeste Goiano e Triângulo Mineiro

Introdução

Antes do século XVIII, o território hoje conhecido como Sudeste Goiano e Triângulo Mineiro era o lar de milhares de indígenas da nação Caiapó. Esses povos habitavam em aldeias próximas aos rios Veríssimo, Corumbá, Piracanjuba, Verde, São Marcos, Paranaíba e Grande. Contudo, o destino dessas pessoas mudaria drasticamente em poucas décadas, em um triste episódio de extermínio planejado por governantes portugueses.

O Precedente do Extermínio

Nenhum dos indígenas poderia prever que, na metade do século XVIII, seriam emboscados, perseguidos e mortos em menos de duas décadas. O planejamento do extermínio da raça foi realizado de forma fria pelos governantes portugueses, antes mesmo da existência da Capitania de Goiás, quando todas essas terras ainda estavam inclusas nos limites da Capitania de São Paulo.

Perseguição aos Bandeirantes

Curiosamente, na mesma época, os bandeirantes paulistas, que nutriam um ódio mortal aos portugueses, também foram perseguidos. Cada sócio da Bandeira do Anhanguera teve um fim trágico, sendo vítimas de envenenamento, prisão ou mesmo assassinato.

Os Carrascos do Extermínio

O massacre dos indígenas Caiapós representa uma mancha vergonhosa e indelével da história de nossa região. Os responsáveis pelo execução desse sinistro episódio foram: Dom Luiz Mascarenhas (mandante), João de Godoy e Antonio Pires de Castro (executores).

A Chegada de Dom Luiz Mascarenhas

Em 1739, Dom Luiz Mascarenhas, um dos mais influentes homens de Estado que Portugal enviou ao Brasil, transformou o arraial de Santa Ana em Vila Boa de Goiás, onde centralizou toda a administração das minas auríferas. No entanto, Mascarenhas também seria o responsável por ordenar a eliminação dos Caiapós que habitavam a zona meridional do território goiano.

O Massacre dos Caiapós

A insatisfação de Dom Luiz Mascarenhas com a resistência dos Caiapós à ocupação de suas terras o levou a chamar o coronel Antonio Pires de Castro e o devastador João de Godoy de Cuiabá, atribuindo a eles a tarefa de promover uma chacina generalizada nas moradas dos Caiapós.

O Deserto Humano

O extermínio dos Caiapós resultou em um deserto humano no sul de Goiás. Este fato foi mencionado por viajantes estrangeiros no início do século XIX, que relataram longas jornadas sem encontrar um único habitante na região.

Reflexões sobre a Tragédia

A história do massacre dos Caiapós ainda é um tema pouco explorado pelos nossos historiadores. No entanto, é fundamental que essa tragédia seja revisitada, para que possamos refletir sobre os erros do passado e garantir que eles não se repitam no futuro.

Conclusão

O extermínio dos indígenas Caiapós é uma mancha vergonhosa na história do Sudeste Goiano e Triângulo Mineiro. O nome dos responsáveis por essa atrocidade, Dom Luiz Mascarenhas, João de Godoy e Antonio Pires de Castro, não deveria ser lembrado em nossa região. Entretanto, é importante que a história seja contada e recontada para que a memória dessas vítimas não seja esquecida.

Recursos

Para saber mais sobre o extermínio dos Caiapós e a história do Sudeste Goiano e Triângulo Mineiro, recomendo a leitura dos seguintes livros e artigos:

1. Livro – A História dos Caiapós
2. Artigo – O Extermínio dos Caiapós
3. Artigo – A História do Sudeste Goiano e Triângulo Mineiro

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